Operação Mandare: entenda investigação que apura relação entre grupo criminoso e órgãos públicos de João Pessoa

  • 03/05/2024
(Foto: Reprodução)
De acordo com a PF, grupo criminoso indicou cargos para pelo menos três órgãos da prefeitura. Entre os alvos está a filha do prefeito Cícero Lucena, atual secretária executiva de saúde do município. Operação da PF mira interferência de organização criminosa em órgãos da prefeitura municipal de João Pessoa Polícia Federal A Operação Mandare, realizada nesta sexta-feira (3), mirou uma possível relação entre um grupo criminoso com secretarias da Prefeitura de João Pessoa. De acordo com a Polícia Federal, o grupo estava articulando a obtenção de vantagens, como cargos públicos, em órgãos como as secretarias municipais de Saúde e de Direitos Humanos e Cidadania de João Pessoa e a Empresa de Limpeza Urbana (Emlur). Entre os alvos da investigação está a filha do prefeito Cícero Lucena e secretária executiva de Saúde, Janine Lucena. O prefeito afirmou que apoia a investigação da PF e prometeu rigor com servidores, que tenham relação comprovada com as irregularidades apontadas. Entenda abaixo o que se sabe sobre a investigação da Operação Mandare até o momento. Interferência da facção em órgãos públicos De acordo com a Polícia Federal, um integrante da facção criminosa conhecida como 'Nova Okaida', que tem posição de liderança na organização, identificado como Jossênio Silva dos Santos, articulou a obtenção de cargos em órgãos públicos em troca de conceder apoio à entrada de agentes municipais em comunidades controladas ou que sofrem influência do crime organizado. As informações que desdobraram na operação foram conseguidas pela polícia a partir da quebra do sigilo telefônico e telemático do integrante da organização criminosa. O celular do suspeito foi apreendido em uma inspeção de rotina no local em que ele está preso, a Penitenciária de Segurança Máxima Doutor Romeu Gonçalves de Abrantes, conhecido como PB1. No celular, havia imagens, vídeos, diálogos e áudios que, segundo a PF, indicam a prática de tráfico interestadual de drogas, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Segundo a investigação, o preso responde a vários processos, entre eles o de matar uma mulher que segurava um bebê nos braços, enquanto outras quatro crianças olhavam. LEIA TAMBÉM Operação da PF investiga atuação de grupo criminoso em órgãos da Prefeitura de João Pessoa Filha do prefeito Cícero Lucena está entre os alvos de operação da PF contra grupo criminoso Alvos da operação Janine Lucena, secretária executiva de Saúde de João Pessoa e filha do prefeito Cícero Lucena Sérgio Lucena/Secretaria Municipal de Saúde de João Pessoa/Arquivo Ao todo, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão em João Pessoa, Conde, Campina Grande, Cabedelo e Rio de Janeiro. Entre os locais alvos dos mandados estava incluído as celas do presídio de segurança máxima PB1, secretarias de Saúde e Direitos Humanos e Cidadania e Emlur, três em Cabedelo, dois em Rio Tinto, uma em Conde e uma em Campina Grande, na casa de uma mulher que é apontada como a operadora financeira do grupo criminoso. Mandados de prisão também foram cumpridos durante a operação da PF. Ao todo, foram sete mandados de prisão preventiva. Contas bancárias também foram bloqueadas pelo órgão. A Polícia Federal não revelou os nomes investigados na operação. Um dos alvos confirmados é a secretária executiva de Saúde de João Pessoa, Janine Lucena, que é filha do prefeito Cícero Lucena. Dois dos mandados e busca e apreensão na operação tinham Janine como foco. Uma das ordens foi cumprida no gabinete de Janine, na Secretaria Municipal de Saúde; e a outra foi na residência dela, localizada no bairro de Intermares, em Cabedelo. Outro alvo da PF foi a ex-servidora da Empresa de Limpeza Urbana de João Pessoa (Emlur), Aline da Silva dos Santos. De acordo com a direção do órgão municipal, a investigada não trabalha mais no local e responde a processo administrativo. A Polícia Federal também cumpriu mandados na Secretaria de Direitos Humanos e na casa da servidora da pasta, Patrícia Silva dos Santos. Prefeito diz que apoia investigação Centro Administrativo Municipal de João Pessoa Secom-JP Em nota, a prefeitura de João Pessoa afirmou que se colocou à disposição para cooperar com as investigações da Polícia Federal. Além disso, o órgão disse também que “condena veementemente qualquer tipo de ato ilícito”. Também foi informado que foi determinado procedimento administrativo para apurar a responsabilidade dos servidores citados na investigação. O prefeito da capital, Cícero Lucena, também comentou a operação em entrevista à TV Cabo Branco. Sobre a investigação contra a filha Janine Lucena , ele disse o mandado foi expedido por existir uma ligação de um presídio para o telefone da filha dele. "Ela é uma mulher pública, se você ligar ela lhe atende. Mais do que isso, não existe nada". Sobre a operação, Cícero disse que apoia a ação da Polícia Federal. "Eu quero, inclusive, que a polícia apure se eventualmente existir servidores no município, entre esses 27 mil, que tenham alguma culpa, serão responsabilizados". O prefeito também determinou a Procuradoria-geral do Municipal que abra um procedimento administrativo para apurar a responsabilidade dos servidores citados na investigação.  Vídeos mais assistidos do g1 Paraíba

FONTE: https://g1.globo.com/pb/paraiba/noticia/2024/05/03/operacao-mandare-entenda-investigacao-que-apura-relacao-entre-grupo-criminoso-e-orgaos-publicos-de-joao-pessoa.ghtml


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